A Geração Z está redesenhando o futuro da hospitalidade
- Letícia Gusman
- 5 de mai.
- 2 min de leitura
E o mercado precisa acompanhar com autenticidade, propósito e presença
A Geração Z — nascida a partir de meados da década de 1990 até o início dos anos 2010 — já é uma força decisiva no mercado global. Mais conectada, mais crítica e muito mais engajada com causas sociais e ambientais, essa geração está mudando profundamente a forma como consumimos, trabalhamos, nos relacionamos… e também como viajamos, nos hospedamos e vivenciamos experiências gastronômicas.
Se antes era suficiente oferecer um bom serviço, uma cama confortável ou um prato bem apresentado, hoje isso é apenas o ponto de partida. Para conquistar a Geração Z, é preciso oferecer algo mais: autenticidade, personalização e verdade.
O que a Geração Z espera da hospitalidade?
Esse público não se impressiona com discursos prontos ou com experiências montadas apenas para agradar algoritmos. Eles valorizam o que é feito com propósito, o que carrega uma história, o que nasce de relações genuínas entre marca, comunidade e cliente.
Eles querem entender a origem dos ingredientes de um prato, saber como a equipe é valorizada nos bastidores, ver que a decoração do espaço foi feita por artistas locais, perceber que o cuidado vai além da estética e alcança o impacto social e ambiental.
A experiência de consumo para a Geração Z não é transacional — é relacional. Cada interação conta, cada detalhe importa.
Exemplos que mostram o caminho
Marcas inovadoras já estão se destacando ao adotar esse novo olhar:
Selina Hotels: A rede virou referência ao unir arte urbana, bem-estar, festas, gastronomia e coworking em um só lugar, com uma linguagem jovem, inclusiva e adaptável a diferentes realidades.
Casa do Porco (SP): Um dos restaurantes mais celebrados do mundo, combina alta gastronomia, brasilidade e acesso democrático — e mantém um diálogo direto com o público jovem, engajado e curioso.
JO&JOE, da Accor: Propõe uma nova lógica de hospedagem — coletiva, urbana, interativa — com ambientes que misturam quartos, bares, eventos e coworkings.
Todos esses exemplos têm algo em comum: foram pensados para pessoas, não para números.
O desafio para o setor
Para marcas de hospitalidade, esse movimento representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. O desafio está em romper com modelos tradicionais, abrir espaço para escuta ativa, investir em personalização real e construir experiências centradas no ser humano. A oportunidade, por sua vez, está em se diferenciar com verdade, oferecendo algo que vai além do serviço — uma vivência que se conecta com valores.
A hospitalidade que encanta a Geração Z é a que abre conversas, compartilha histórias e cria vínculos reais. Não se trata de seguir tendências, mas de fazer sentido. Para esse público, o digital é só o começo. O que realmente importa é a vivência — e como ela reverbera dentro e fora do espaço.
Sua marca está pronta para se tornar memorável para a Geração Z?
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